terça-feira, 13 de julho de 2010

Marcando o tempo:


Tamborilando no Festival da Canção Universitária na UFU - fotos Breilla Zanon

sábado, 26 de junho de 2010

Breves observações sobre a virtualidade (...)


                                                                                                                                                                                                                                      Foto: Luana Magrela
Estivemos por muito tempo fora. E essa frase definitivamente não pode transformar-se em algo recorrente. Não se esta estiver atrelada a fortúnios culturais. Necessitamos sempre expor os acontecimentos, para que assim possamos ser considerados legítimos.
Pagamos pela culpa que a coercitividade tecnológica nos impões. Mas, deixando-me escorrer de pessimismo sociológico, a vida moderna é isso e como essas obrigações coercitivas, há tantas outras.
Voltamos dessa maneira, não para justificar nossa ausência em cima de alegações piegas, mas usamos dela para lançarmos olhares para o principal mecanismo que compõe a sociabilidade de nossa geração. Encaremos isso como um estudo distanciado. Uma metalinguagem do próprio mecanismo.
 A internet é rio, onde podemos tacar tudo. E tacamos. Difícil é a tarefa do pescador. Deve estar sempre atento aquilo que colocará pra dentro ou alimentará os outros. Olhar para as águas desse rio talvez seja mais, a nosso ver, compreender sua importância pra engrenagem da matéria em geral, do peixe, do pescador, da própria água, da boca e do alimento. Água parada é o primeiro passo para a insalubridade. Na corredeira, ninguém entra, ao mesmo passo que ficar de fora, olhando pra ela, passa a ser aterrorizantemente banal.
Enfim, este se trata de um texto introdutório. Explicativo ou conclusivo, que seja!
No entanto, isso se deve não porque mudamos, não porque sejamos outros, mas porque realmente consideramos a importância da exposição das ações a pleno pulmões principalmente quando se trata de cultura. Esta tem de ser gritada para que realmente a sociedade que ainda se mantém retrógrada (e acreditando que sim, essa parcela da população está prestes a definhar-se) possa compreender a verdadeira funcionalidade da cultura e situá-la pertinentemente ao contexto em que vivemos hoje.
Já disse Bauman que a proximidade virtual pressupõe pouca contigüidade de corpos, da própria vida real. Contrapondo-se a sagacidade do autor, achamos que de certa forma, em certas horas, nos encontramos deslocados dentro desse paradigma. Para o bem ou para o mal?
Gostamos de rua, de asfalto, de papel (escrito ou desenhado) e de tesoura. Isso, de maneira lúdica, poderia até em certa medida nos classificar como rebeldes chulos (sendo que estes também não passam de deslocados).
No entanto e em linhas gerais, confirmamos aqui que mantemos o tato. As significâncias virtuais vão acontecendo e sua coersão não é mais atrelada ao mensuravelmente banal da já em andamento Revolução Informativa, mas percebe-se que o tempo que estrutura a identidade se faz com poucos caracteres sim, menos de 140, é subjetivo e algo inalcançável. Não queremos alcançar nada. Não nos propomos a isso. Mais do que uma empresa pautada em metas, prezamos ainda pela pelas especificidades humanas de ver, tocar e sentir.
Não teremos receio de acreditarmos em uma geração que se baseia na virtualidade, que se mantém em uma consonância a par da realidade, pois há sim dentro dessa perspectiva, algo de transformador potencializado e que vem engrenando-se.  Igualmente, sentimo-nos libertos o suficiente para não termos receio de colocarmos em uma balança o real e o virtual e tirarmos dali a conclusão de que cultura antes de bites é aquilo que te faz sentir calor. Definitivamente, nossos exercícios sobressaíram-se aos dos dedos e caixas luminosas.
Referindo-se à metáfora que usamos acima: nesse rio, acho que estamos preferindo ficar de fora, ajudando a alimentar os peixes, permitindo-se e deleitando-se aos encontros à margem.
Vamos contando. Antes, vamos andando.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Mais alguns comparsas para nossa Arte

Por Laís Castro


Do centro de Belém para o Nosso centro, o pessoal do Floresta Sonora vai embora de Minas com muito mais do que um queijo.

 
O grupo Tamboril de Arte Independente anuncia aqui a parceria com o grupo do Casarão Cultural Floresta Sonora. A aproximação ocorreu durante o período em que uma de nossas integrantes passou uma semana em Belém conhecendo outras propostas do cenário artístico independente Brasileiro, o encantamento com o  Circuito Floresta, gerou até um belíssimo editorial , vale a pena conferir.
No dia 30/04 chegaram alguns representantes dessa belíssima proposta que consiste em apresentar Belém e o Norte do país às nossas pequenas cabecinhas regionalistas. Segundo o próprio músico Juca Culatra, “Belém é a cidade mais sonora do Brasil”.
             O conceito da parceria , surgiu pela semelhança de interesses e objetivos em relação ao cenário cultural do Brasil como um todo, “É uma questão de política, não partidária, eu digo, mas a da relação entre a arte, a divulgação e o reconhecimento”, diz Breila Zanon, uma das idealizadoras do grupo mineiro que ainda afirma, “Precisamos escoar a nossa produção”.
Semanalmente acontece em Belém o chamado Casarão Live, em que é feita a principal divulgação do que anda sendo produzido por esse pessoal. Em relação a nós ficaram  os planos para  realização de Workshops, e a proposta de um Intercâmbio de artistas, que pretendem incluir até mesmo gente da nossa, Minas Gerais. E pessoal, não vamos esquecer que temos aí em Agosto a segunda edição do nosso festival MUSGO ...

 
Para mais informações sobre as propostas e a sua história,confira os vídeos na voz de Léo Chermont, músico e integrante do projeto Casarão Cultural Floresta Sonora.


quarta-feira, 28 de abril de 2010

Já não é preciso ir até o Pará para curtir a boa música...




Sexta feira, 30/04, será um bom dia para aqueles que desejam um boa noite de reggae.
Chegam a Uberlândia alguns dos integrantes do já citado Projeto Floresta, a banda Juca Culatra e o Power Trio estará no GOMA para mais uma edição do GOMA ROOTS. Os ingressos estão a R$5, desde que os nomes dos interessados sejam enviados para a listagoma@gmail.com


JUCA CULATRA E O POWER TRIO (Belém/PA)






Juca Culatra e Power Trio, banda que nasceu no dia 26 de abril de 2008, justamente no dia do aniversario de Juca Culatra, produtor cultural de Belém que já atuava dando apoio e realizando eventos no cenário cultural local. Juca decidiu montar a banda para tocar musicas autorais de reggae roots, mas chamou músicos com influencias musicais variadas, resultando em uma musicalidade com elementos que vão do reggae a música erudita, rock e ritmos negros brasileiros.


A mensagem da música é permeada pela luta do homem contra ele mesmo, a degradação do meio ambiente, as mazelas de nossa sociedade, e muitas outras coisas são cantadas de maneiras irônicas e muito engraçadas.







Por Laís Castro

terça-feira, 20 de abril de 2010

Floresta, Cultura, Casa, Casarão.

Foto: Renato Reis

Foi um tempo sem escrever, mas também foi um tempo andando. Nesse balançar a gente lê e também escreve muita coisa. Só de estar já mostra pra gente o quão conectado nos encontramos com aquilo que escolhemos para termos como ambiente ao redor, seja ele onde for.

A arte é essa água que dá liga em tudo. E como foi bom sair pra beber por aí.

Para estar em Belém do Pará tive que parar tudo. Dez dias em meio o que há de mais efervescente em relação a música do Brasil. Longe de discurso ufanista ou coisa que o valha, a música feita por lá é nítido retrato sonoro do nosso país. Longe do regionalismo, é mistura. É discurso do “sustentar-se” sem ser nada piegas. Tem pegada, sentimento, desaforo, cadência de povo da aqui. É o concreto com a floresta. E tudo isso molhado, com aquela água que falamos aí em cima. É gente que sua e soa arte. Simples assim.

E é gente. Os dias no Casarão Cultural me proporcionaram experiências e encontros e me fizeram perceber o quanto passamos realmente pelo momento do acontecer, gravar, registrar, escrever, contar, cantar, produzir, escoar. Deixar escorrer.

Música escorre por lá. Metaleiras da Amazônia , Jungle Band , Juca Culatra , Floresta Sonora foram as bandas que acompanhei durante esses dias. Todos na preparação e pegando estrada. Circuito Floresta pra mostrar o que o Pará tem através do projeto do Conexão VIVO, Música na Estrada. Mais do que o Pará ter, nós temos. Esse combo fodasso, demonstra o que tem sido produzido por lá e ao mesmo tempo descentraliza totalmente nossa idéia de arte e poros. Mestres: Pipira, Manézinho e Pantoja. Tanta gente que não cabe nem falar. O que vale é captar e espalhar no nosso solo toda essa impressão. A gente corre por isso. Até onde for pra ver e gritar. Os ouvidos, sim, eles escutam. Com o tempo, vamos entendendo.

"Mais do que perceber que estava em um lugar onde a arte acontece pelo seu próprio prazer e ponto, afasta-se dessa perspectiva o que o mercado impõe" - Lembranças colhidas em depoimentos de Juca Culatra e de tantos outros culatras por lá.

O que se coloca aqui é legítimo. Fruto de real inspiração que nunca deveria ser colocada de lado. Salve igualmente para as manifestações que se atentam para isso e que a isso dão concretude.

O andar dos olhos nos mostra a dialética do mundo. As imagens podem subir, os valores descerem. Mas isso é jogo de vice-versa.

Pra qual caminho irmos não importa. O importante é que haja cada vez mais caminhos, cada vez mais perna sadias.

(...)

A música é o mecanismo mais fácil e usado para se garantir aproximação, a primeira mudança de uma consciência, ou até mesmo, a primeira consciência. Seja de onde vier.

Abram os ouvidos e para (des)centralizar: Circuito Floresta Sonora.

Em breve, 30/04 no GOMA: Juca Culatra e Power Trio aqui em Uberlândia!

Contaremos mais, em imagens, logo.

Breilla Zanon


quarta-feira, 24 de março de 2010

Festival Universitário da Canção - UFU


As inscrições para participar do Festival Universitário da Canção já começaram.

Cooooooorre!

Sexta-feira, dia 26, as 10h, vai acontecer um coffee-break com as bandas interessadas em se inscrever no evento lá no espaço cenográfico da TV/Rádio Universitária.

Compareçam todos para tirarem suas dúvidas quanto ao edital e o que mais for preciso.

O Festival Universitário da Canção é um evento que acontecerá durante os dias 22 a 29 de maio, no campus Santa Mônica.

As inscrições podem ser feitas até dia 15 de abril.

O Festival será realizado pela Dicult-PROEX/UFU, contanto com o apoio dos parceiros insitucionais DIRCO, DIRES e Rádio e TV Universitária, além do Grupo Tamboril de Arte Independente, Valvulado ((Cultura Amplificada)) e SESC-MG.

Vamos contando mais detalhes...

Por hora, quer mais informações? Cola lá no site do FestUFU !

quinta-feira, 18 de março de 2010

TTT acionando no Festival Cidade Encanto


Se há algo que com o tempo vem sendo esquecido gradativamente é que cultura não se relaciona com encher a cara. Esta perspectiva parece ter sido esquecida durante algum tempo principalmente nos famosos shows de Rock, onde a personagem Rebordosa de Angeli parece personificar bem a figura do vazio inconseqüente das noitadas.

Mas Uberlândia teve na tarde do dia 14 de Março no Acrópole uma mostra de que a formação cultural é possível, e o que é mais impressionante, tudo isto num Festival de música: O Festival Cidade Encanto. Com uma interessante idéia de dar espaço a novas bandas de Rock / Pop, o festival surge na agenda uberlandense como espaço de interação de um público adolescente que parece dominar bem o que o nosso amigo Sartre havia chamado de responsabilidade.

Tudo bem que a banda principal da noite (presa no elevador) Detonautas não seja uma unanimidade entre todos, tudo bem que as músicas consagradas a entradas e saídas de episódios de Malhação estejam diretamente voltadas para um padrão de comportamento dominado pela superficialidade e pelo consumo, mas definitivamente o que marcou a diversão do público presente no primeiro dia do evento não foi apenas as baladas das estrelas do espetáculo, A Trupe Tamboril de Teatro esteve presente no evento levando definitivamente uma poesia aos olhos e aos ouvidos dos presentes.

Com intervenções simples voltadas para as diferentes formas de manifestação da poesia, a trupe conseguiu literalmente dar vida a um marionete tocador de sanfona, dar um movimento suave embalado por poesias declamadas pelo público a duas estátuas, mostrando que seguir a multidão , que ir por aí sem ter noção da surrealidade que a arte pode despertar no homem É A MAIOR CARETICE. O trabalho bem executado trouxe a todos uma visão sobre como a arte pode abrir novas possibilidades as nossas vidas, atestando e comprovando que o que nos embriaga não é o álcool, mas a arte!!!

Ainda tem mais Tamboril no Festival Cidade Encanto , Dia 28 de Março , 04 de Abril e grande fechamento com a Trupe Tamboril no dia 11 de Abril, sempre as 16:00 hs no Acrópole .

Visite o site do Festival e confira a programação!